Quando o homem descobre que precisa se olhar por dentro
Eles sorriam para o mundo. Mas carregavam batalhas silenciosas por dentro. Depressão não tem rosto. E por isso precisamos olhar com mais empatia — sempre. Junho é o mês da saúde mental masculina. E confesso: se fosse há alguns anos, eu talvez nem desse importância. Mas hoje, isso me afeta de outra forma. Estou em processo de reconstrução. Entrei em tratamento para ansiedade há dois anos. Me permiti buscar ajuda, reconhecer limites, entender feridas antigas que fui acumulando em silêncio. Não foi fácil — e não é. Ainda há dias em que o corpo pesa, os pensamentos aceleram e a vontade é me calar, me esconder, seguir como se nada estivesse acontecendo. Fui criado, como muitos homens, aprendendo a resolver tudo sozinho, a não demonstrar fraqueza, a ser forte o tempo todo e para todo mundo. Mas essa "força" me adoeceu e enfraqueceu. Aos poucos, venho descobrindo que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de maturidade. Falar sobre o que sinto, entender o que me afeta, dar n...