Dois cafés e uma conversa sobre a vida
Se eu convidasse a Morte para tomar um café, em uma conversa entre amigos, o que acha que ela me perguntaria? Acredito que ela perguntaria sobre a minha vida como pai e da felicidade e aflições de ver minha filha crescer em um mundo tão transtornado. Perguntaria sobre os meus sentimentos, sobre as alegrias de ter superado as adversidades após a perda do meu pai. Daríamos risadas lembrando das bobagens necessárias da minha juventude. De como eu gostava de dançar e de como não me importava com nada nesses momentos e por que gostava de dias chuvosos. Talvez quisesse saber se estou vencendo minhas inseguranças e ansiedades — e como tenho lidado com esses sentimentos. Perguntaria se ainda escuto músicas antigas, se continuo comendo arroz com feijão e azeite, e se ainda prefiro os doces de Minas Gerais aos de São Paulo. Ao final, imagino que perguntaria se me sinto bem sendo acolhedor com as pessoas que se aproximam de mim. E eu lhe responderia, sem hesitar: sim. Ela agradeceria o...